Fala pessoal! Estamos de volta aí com mais um estudo sobre "Escatologia", o estudo do fim dos tempos. Já vimos que escatologia não é só o Apocalipse, mas que é um tema presente em toda a Bíblia. Além disso, falamos da Agenda Escatológica de Jesus, de temas que pareciam estranhos como a destruição do templo, a parábola da noiva, as diferentes correntes da escatologia; e também temas curiosos como o anticristo, o galardão e o número da besta.
Como já mencionei antes, cada vez mais fico surpreso como a base do estudo desses temas escatológicos está na Agenda Escatológica de Jesus. Lá, Cristo deu um panorama do assunto e deixou revelado em outros textos algumas complementações (ainda que parcialmente, em alguns casos). E hoje, não surpreendentemente, vamos falar de outro ponto elencado por Jesus na sua agenda, que se resume nesse versículo:
E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. (Mt. 24:14)
Em primeiro, cabe entender que o texto não está literalmente falando de absolutamente todas as pessoas, mas todas as nações. Isso quer dizer que não será necessário que todo ser humano ouça isso para que se cumpra a promessa de Jesus. O que ele está querendo dizer é que todos terão a oportunidade de, em algum momento, ouvir do Evangelho: aceitação ou recusa não tem a ver com a promessa em si, já faz parte de outro contexto.
Novamente, o texto não está dizendo que todos, absolutamente, ouvirão falar de Jesus, mas sim que ele se tornará uma realidade que não poderá se dizer: "Jesus? Nunca ouvi esse nome antes." Ou seja, é um contexto em que não se poderá dizer que não se teve a chance. Isso implica ainda que não haverá uma "segunda chance": agora é a hora de conhecer a Cristo.
Como já estudamos também, a promessa de que o evangelho seria espalhado não é única do Novo Testamento, já em Gênesis, por exemplo, isso é parte da promessa a Abrão: "Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gn. 12:3). O que se torna mais evidente essa bênção no Novo Testamento é simplesmente o cumprimento claro disso com o evangelho e os gentios.
Essa expansão do evangelho tem uma relevância escatológica importante porque está dentro do contexto da restrição de Satanás:
Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.(Ap. 20:1-3)Não vamos falar aqui do que significa esses mil anos (já estudamos disso!), basta lembrar que o milênio é um período figurativo (não literal) que começou com a primeira vinda de Cristo. Quando ele veio, inaugurou sua vitória sobre Satanás também; é o que menciona nesses textos, falando aso discípulos:
Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. (Lc. 10:17-18)
Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.(Jo. 12:31-32)Essa vitória de Jesus se traduz na restrição da ação de Satanás neste mundo. Ainda que muito poderoso e influente, Satanás não consegue extinguir a Igreja do Senhor, a instituição missionária que prega a Cristo, simplesmente não pode, porque Jesus garantiu a nossa segurança. E por isso também nós devemos pregar ousadamente a respeito de Cristo.
A pregação do Evangelho, é, por fim, a grande marca do período entre a primeira e a segunda vinda de Jesus. Veja que no Antigo Testamento e mesmo no Novo Testamento, o evangelho de Deus era pregado. Mas nunca como agora o evangelho foi tão pregado, tão disseminado, e tão mais a Igreja deve se fortalecer para cumprir a Palavra, fazendo dos nossos tempos uma grande era missionária. Basta lembrar da última ordem de Jesus antes de partir: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." (Mc. 16:15)
Depois que Jesus ascendeu aos céus, a marca da Igreja deve ser, portanto, a pregação da palavra. Isso fica evidente na visão de João, durante o Apocalipse: "e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação." (Ap. 5:9)
O fato da Bíblia apontar para diferentes tribos, línguas, povos, etc, demonstra que a pregação do evangelho deve ser feito de modo inteligível, para que todos possam entender. Essa pregação não se dá somente pelo falar em determinado idioma, mas também em viver essa pregação por meio do testemunho, demonstrando com ações e palavras quem é Deus, para todas as etnias e povos.
Além disso, reparem no texto bíblico de Apocalipse, onde fala que haverá, entre os eleitos no céu, aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Mais uma vez demonstrando que não necessariamente todas as pessoas estarão ali naquele dia. A salvação, no final das contas, pertence somente: "e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro pertence a salvação." (Ap. 7:10)
Portanto, missões, no sentido de pregar o evangelho, deve ser a marca do período que estamos vivendo. A pregação do evangelho é um sinal de graça de Deus, uma oportunidade que até os anjos quiseram! Jesus disse que esse evangelho será pregado a todo mundo, então virá o fim. A igreja deve, portanto, se esforçar ao máximo para cumprir logo seu papel e para que a promessa de Jesus se cumpra logo.
Sim! Porque é isso que queremos! Queremos a volta do nosso Senhor Jesus! Queremos viver plenamente na glorificação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Me ajuda, Senhor, a cumprir teus mandamentos, me ajuda a proclamar teu reino nessa terra, me ajuda a ser luz em meios às trevas, para que o mundo possa ver quem tu és, para que meu Senhor Jesus volte.
Maranata, vem Senhor Jesus!
Seja nosso guia e nossa luz,
S.D.G.
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