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terça-feira, 12 de abril de 2016

Apologética - V

Hello, hello! Então. Nos últimos posts temos visto um bocado sobre Apologética, o que é, suas variações e passamos a abordar alguns aspectos (aliteração!) práticos dela num contexto de conversa informal. Hoje, ainda nesse contexto, vamos chegar ao fim: debatemos, utilizamos daquelas estratégias de opor as cosmovisões para que a única racional vença e demonstramos que o nosso raciocínio foi vencedor... mas e o final do debate?



"Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. [...] Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus." (Jo. 8:43,47)

Os incrédulos, muitas vezes, não sabem ou não admitem que perderam um debate, ás vezes isso acontece por uma recusa explícita em não admitir a derrota, mas isso também pode ocorrer de outras formas. Ele pode querer "começar de novo", recuar para mudar sua cosmovisão só para conseguir embasar um argumento, ele pode querer "concordar em discordar" ou dizer que foi apenas um "mal-entendido".

Há várias razões para que ele não reconheça a derrota. A primeira nós já dissemos: no fundo, ele nunca espera que você ganhe. E, pior, ele jamais acha que você conseguiria fazer isso usando as suposições dele (lógica; ou seja, ele acha que talvez você conseguisse provar uma consistência lógica somente sob seu ponto de vista, mas jamais sob o dele. Então quando você usa as bases do próprio pensamento dele para prová-lo errado, ele não consegue segui o pensamento racional do debate.

Muitos acham que este é o limite da Apologética: ganhar, mas o outro não reconhecer a vitória. Mas não é só por isto que devemos desistir. Uma das primeiras coisas que devemos fazer é simplesmente dizer que ganhou o debate e explicar o porquê. E, (o principal!) aproveitar a oportunidade para expor-lhe a verdadeira Sabedoria, utilizar a Apologética como instrumento de evangelização (que é o seu real propósito!).

Explicitamente reivindique a vitória, explique a base racional pela qual você ganhou e se ele quiser "começar de novo", dizendo que você confundiu alguma coisa, você pode apontar que, se ele é tão racional como diz ser, algo assim não poderia ter acontecido. Por fim, demonstre as implicações da derrota, qual seja: que a racionalidade divina é superior à racionalidade humana.

É bem verdade que talvez o coração dele esteja totalmente endurecido, tão cego pelo pecado que mesmo uma conclusão racional não possa penetrar em sua mente. Mas é aqui que nós confiamos plenamente no poder do Espírito Santo de Deus. Como dissemos desde o começo: não queremos converter ninguém pela Apologética, isto é ato personalíssimo de Deus. O que queremos é lançar a semente da Palavra por meio de argumentos sólidos para que esta Palavra venha a frutificar no coração de quem a ouve.

Algo importante a ressaltar: em momento algum eu estou defendendo que você seja rude, duro ou contencioso em pregar o Evangelho ou defender a fé; muitos de vocês me conhecem e sabem que eu mesmo não sou assim. Mas também não posso ceder às crenças do Relativismo que querem me dizer que todos são iguais perante Deus e totalmente racionais: desculpa, mas não é isso que a Bíblia ensina! 

Como já vimos: o homem natural não é racional, tanto que a loucura de Deus consegue ser ainda mais sábia que qualquer racionalidade humana. Segundo, nem todos são iguais: como vimos no versículo no começo desse post, nem todos são de Deus. Terceiro, como também já falamos, a hostilidade que temos é espiritual, não física ou moral (socialmente externa). Quarto, não somos nós que convertemos o pecador, nós simplesmente tentamos argumentar persuasivamente de modo a expor a ele de modo racional a razão da nossa esperança.

“Em nosso conflito intelectual com os incrédulos, não é preciso muito para ser invencível – a questão é se seremos fiéis ou não em ressoar a mente de Cristo e proclamar a sabedoria de Deus.” (CHEUNG, p. 47)


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Pois é, meus irmãos. Como deu pra ver, eu basicamente resumi muita coisa do que disse Vicent Cheung em "Apologética na Conversação", cujo link tenho disponibilizado em basicamente todos os posts sobre este tema, até então.

Nos próximos posts vamos tratar de temas mais especializados que são, de fato, aquilo que tenho estudado com os adolescentes na Escola Bíblica Dominical (tem até tarefa pra casa!). Vocês verão que é possível aprofundar bastante em cada um dos temas e que há muita coisa para se ver; o que tentamos expor até aqui são princípios norteadores para que você possa fazer bom uso da Apologética.

Espero que eles tenham enchido você, cristão, de esperança para defender sem medo a sua fé; e que tenha enchido você, não-cristão, de curiosidade para saber o que são estas "coisas estranhas" das quais nós tão ousadamente falamos. 

Que o Espírito Santo do nosso Senhor esteja conosco. Seja Ele nosso guia e nossa luz.

S.D.G.


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