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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Apologética - IV

Olá meu povo. Então. No último post falamos sobre a importância de atacar as pressuposições dos incrédulos ao invés de simplesmente defender o evangelho com fórmulas ou decorebas; lembramos também que nossa mente deve ser como a de Cristo. Neste post vamos tentar discorrer um pouco mais sobre como manter o confronto e o que é importante lembrar.

"Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo." (I Co. 2:16)

Já vimos que se conseguirmos arranjar e manter um confronto intelectual de modo que haja uma oposição entre a sabedoria de Deus e a sabedoria dos homens, a vitória é certa, pois a primeira é inimaginavelmente maior que a segunda. 


Uma coisa que é importante ressaltar é que nós não devemos utilizar princípios, proposições e pressuposições não-bíblicas para construir nossa cosmovisão ou formular argumentos. Ora, se acreditamos que a Palavra é a Verdade, então qualquer outro argumento de outra fonte só servirá para enfraquecer nossa linha de raciocínio, gerando confusão.

É importante demonstrar como as duas cosmovisões (do cristão e do incrédulo) são opostas e contradizentes, expondo como só uma delas pode ser verdadeira. Isto é importante para manter o debate sempre no ponto principal, não adianta divagar, sempre tem-se que voltar para esta ideia, pois assim estaremos colocando o raciocínio humano contra o de Deus. E, ora, se até mesmo a loucura de Deus é mais sábia que todo o pensamento humano, não temos o que temer!

Outra coisa: não podemos aceitar meio-termos! Dizer que o Cristianismo também está certo, é o mesmo que dizer que ele está errado, justo porque ele mesmo reivindica estar totalmente certo. É a mesma coisa que dizer que Deus existe em tudo (como fazem os panteístas): isto é o mesmo que dizer que Ele não está em lugar nenhum, já que está em absolutamente tudo.

Estamos lembrando aqui da estratégia que pensamos no outro post: não devemos deixar que o oponente progrida em seu raciocínio sem antes estabelecer as bases lógicas que o levaram a qualquer conclusão (seja ela explícita ou não); desta forma, as cosmovisões estarão sempre em confronto, e o incrédulo não conseguirá formular racionalmente nenhuma de suas bases.

Aliás, você não precisa esconder sua estratégia: deixe claro ao oponente que você está questionando as suas bases porque, sem ela, ele não poderá formular nenhum grande argumento, visto que ele não teria sustentação lógica ou racional. Não é nem necessário ignorar o assunto que trouxe a discussão a tona, apenas faz-se necessário estabelecer as bases para chegar até ele... 

O lance é que o problema principal está justamente na base! Ou seja, você está demolindo a arquitetura da cosmovisão do incrédulo, mostrando que o seu edifício intelectual não é tão bem montado como ele imagina.

Mas... como fazer tudo isso? Aí que entra: preparo! Você deve ter um bom conhecimento da Escritura para saber o que ela fala. Isto não é difícil, meus caros, lembre-se que não é pela sua capacidade que você aprende o que Deus revela, é Ele quem te capacita: "quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir." (Jo. 16:14)

Mas isto não nos exime de estudar e conhecer essa palavra, lembremos de um dos primeiros versículos que citei (isto para não mencionar muitos outros): "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós," (I Pe. 3:15)

Logo, o bom apologista não é aquele que tem os melhores argumentos: mas aquele que melhor domina o conhecimento da Palavra de Deus, que é Sua revelação para nós! Com isto em mente, ele poderá clara e racionalmente rebater qualquer argumento que não esteja embasado na Verdade.

Note, assim, que não é o método que nos dá a vitória no debate: é o conteúdo! Se vencêssemos apenas pelo método, isso era apenas mais um sofisma intelectual. Um bom apologista conhece o conteúdo daquilo que prega e, dessa forma, é capaz de reconhecer aquilo que não é verdadeiro, pois não está assentado no verdadeiro fundamento da razão: Deus.

Seja Ele vosso guia e vossa luz.

S.D.G.

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