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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Apologética - Deus I

Olá minha gente (ou quem quer que leia isso)! Pois bem. Já falamos de Apologética de maneira geral, já falamos do Relativismo e seus pressupostos, falamos também da Bíblia e sua inspiração divina. Continuando nossa linha de temas polêmicos, vamos falar hoje de um dos principais deles: Deus existe?

Ao longo da história muitos filósofos tentaram responder essa pergunta, via de regra desacreditando Deus. Sendo que na Idade Média houve uma manipulação da sociedade muito grande por parte da Igreja Católica, é natural que fosse durante o Iluminismo que esta questão se tornasse mais latente, época em que os iluministas fizeram questão de criar uma separação entre "fé" e "razão", coisa que (pelos últimos posts) já vimos que não é verdade.

O ateísmo é a filosofia que busca negar a existência de Deus; afirmam basear-se na lógica para resolver suas questões (o que muitos deles não percebem é que a lógica também pertence a Deus, Ele é o autor da razão) e também são materialistas, ou seja, buscam afirmar que tudo o que existe, existe pela natureza ou pode ser percebido pelos sentidos.

Mas o próprio ateísmo não é uno em torno de uma única corrente de pensamentos, há vários tipos deles. Por exemplo, o panteísmo é um tipo de ateísmo, pois afirmam que Deus é tudo o que existe. Isso é um silogismo para dizer que Deus não existe, pois, se Ele é e está em tudo (o pôr-do-sol, o sorriso, o amor, a justiça, o universo, etc.) é como se não fosse nada.

Os mais conhecidos são os ateístas ofensivos. Estes são aqueles que ficam constantemente te atacando com perguntas e tentando forçar você a provar que Deus existe. Quanto a estes, é muito fácil dar a volta por cima: como já foi orientado em posts anteriores, não fique só na defensiva, ataque também. Peça que eles provem que Deus não existe e assista tranquilamente a incapacidade deles de fornecer explicação lógica da não-existência de Deus.

Vendo este problema, muitos ateus deixaram de assumir uma postura ofensiva e passaram a uma defensiva, ou seja, tornaram-se agnósticos na prática. Eles defendem que a existência de Deus não pode ser provada e não necessariamente que Deus não existe (vê a diferença?).

Porém, pelo menos do meu ponto de vista, os piores são os ateus praticantes. Estes são aqueles que não negam a existência de Deus e nem a fé, porém cria substitutos para ela. Estes ateus, também chamados de "ateus crédulos" já ouviram falar de Cristo, Sua morte e ressurreição, porém isto não faz a menor diferença em suas vidas. As vezes vão à igreja, mas vão atrás de sensações. Estão muito próximos dos crentes, mas terrivelmente longe do Salvador. 

No fundo, o ateísmo não deixa de ser uma forma de fé, pois também tem seus pressupostos (materialismo, racionalismo, por exemplo) e também derivam seus pensamentos de um axioma. A fé é muito mais do que algo religioso, ela implica em acreditar em algo ou interpretar algo baseado em pressupostos. Porém o ateísmo não consegue explicar o funcionamento da realidade, ele simplesmente a tem como randômica. Mas ainda assim se veem ordem e leis... que coisa não...


O mundo cria um deus para satisfazer suas necessidades, inclusive as intelectuais/psicológicas. Mas nenhuma pessoa pode escapar de conhecer a Deus:

"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebido por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato." (Rm. 1:20-21)

Deus não é um mero fato ou conhecimento a ser aprendido, Ele é a origem de todos os fatos e conhecimentos! É justamente por isso que eles O refletem! Ele é muito mais profundo do que a gente possa imaginar. Veja, por exemplo, o que ocorreu em Ex. 3:13-14:

"Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 
Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros." 

Neste contexto, Moisés está conversando com Deus pela sarça ardente (famoso episódio), e ele pergunta a Deus pelo seu nome. Na cultura hebraica, o nome era muito importante, porque muitas vezes definia quem a pessoa era; tanto foi assim que Jesus chegou a mudar o nome de algumas pessoas (Pedro, Paulo) para que ficasse mais condizente com sua personalidade.

Moisés estava querendo que Deus se definisse para ele. Ele queria uma resposta objetiva e lógica para quem era o Deus com quem ele falava. Mas aí veio um problema: não é possível para Deus se definir para nossa mente pequena, então ele responde com uma frase "EU SOU O QUE SOU", o que, logicamente, é até difícil de compreender. Porque Deus, repito, não é simplesmente um conhecimento ou um fato a ser aprendido. Ele é a origem deles!


No próximo post veremos alguns argumentos principais para a existência de Deus, baseados naquilo que os ateus mais clamam ser a sua base de fé: a lógica. Não é de agora que a utilizamos (como vimos nos outros posts) e nem a deixaremos. Nós vamos explicar a todos a razão da nossa esperança.

Seja Deus vosso guia e vossa luz. 

S.D.G.

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