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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Testemunhar do amor - VII

Já vou me desculpando pelo post longo. Mas, meus caros, creio que chegamos então ao final dessas histórias. Não porque elas acabaram, mas porque é tempo de seguir em frente, já que assim o Senhor Deus o quis; quem sabe mais tarde essas histórias não se repetirão? É a esta estranha esperança que damos o nome de “saudade”. 

Em inglês, também há uma palavra que se refere à falta de algo que se perdeu ou passou, se chama “nostalgia”. É bem verdade que também temos essa palavra em português e, embora ela seja parecida com “saudade”, o significado não é o mesmo; na verdade, há uma diferença crucial.

Em “nostalgia”, temos a perda de algo, e aquilo nos machuca por dentro. É um sentimento escuro e intenso, que nos corrói por dentro, nos leva para baixo. É a dor da perda de algo que nunca mais vai voltar, de alguém ou uma experiência que passou e foi tão marcante em nossas vidas, que o simples pensamento de nunca mais o ter é tão cruel que mal podemos acreditar.

Em “saudade”, nós temos um sentimento parecido, mas que difere num ponto chave. Sentir saudade é lembrar das coisas boas que passaram, sentir falta dela e ao mesmo tempo se alegrar com essas lembranças. Ainda há a dor da perda, mas ela se mistura com a alegria de saber que há boas memórias para serem recordadas e o sentimento bom torna-se superior ao mau. E, para nós cristãos, saudade tem ainda um tom mais profundo: ela é carregada de esperança, porque sabemos que Deus ainda há de repetir essas histórias no futuro.

No post de hoje, vou colocar fotos de pessoas com quem me encontrei e falar um pouco sobre elas e a experiência que tive com elas. Apresentá-las não somente por apresentar, mas porque elas também foram instrumentos de Deus para que eu pudesse testemunhar do amor. Vamos lá, então:

Devo iniciar dizendo que fui convidado em um domingo (acho que dois, na verdade) a tocar com o pessoal do ministério de música. Como mencionei, a IPSW tem muitos momentos de hino, e cânticos são cantados apenas nos domingos à noite, em um momento específico. E é um grupo diferente que toca e canta neste momento.

Fui convidado a tocar com eles em três ocasiões diferentes, e tive a oportunidade de conhecer alguns jovens que fizeram o momento ali valer a pena, especialmente pelo entrosamento que o Espírito proporcionou, fazendo com que aqueles jovens que nunca tinham me visto, optassem por deixar-me tocar e, de certa forma, liderá-los no momento de música.

 Eu e o Sérgio (Serginho)

Eu e o Felipe

Estes dois cidadãos são parte deste grupo de cânticos que mencionei; vou ficar devendo as fotos com o outro Felipe, a Thaís e outros. O Sérgio é um rapaz tímido que toca bateria; o Felipe, por outro lado, é um cabra véi chato, kkkkkkkkk. Com o Felipe é divertido discutir, também é um irmão precioso que, assim como o Sérgio, vai fazer falta na hora de tocar.



Este aí é o Robertinho (o loiro, deixa o outro de lado por enquanto, hehehe). Ele é um bom nerd, está cursando Medicina, gosta do Guia do Mochileiro das Galáxias e ainda está me devendo uma partida de xadrez!



Este é o Pr. Jovânio, um aficionado por aves que trabalha especialmente com os jovens e adolescentes, sendo inclusive o professor da EBD para esta classe. É um jovem pastor, tem algumas coisas para decidir ainda e tem buscado orientação do Senhor para isso, mas sempre servindo a Deus com sua vida na IPSW e dedicando-se ao ministério. Foi muito bom poder compartilhar momentos de oração com este irmão e ele até me deu um livro de presente quando parti.



Este cidadão é o Luciano (o Jovânio, malandro, se meteu em metade das minhas fotos, kkkkkkk). A história que tenho para partilhar foi a vez em que assisti uma aula na EBD, em classe única de jovens e adultos. Foi um momento precioso, aprendemos bastante e compartilhamos muito também. Foi um prazer conhecer este servo de Deus, que também foi muito atencioso para comigo e com quem ainda gostaria de ter a alegria de dividir um café.



Estes são os pais do Guilherme, o Sr. Miguel e a D. Eliane. Lembra da história da D. Agmária e o Sr. Abel? Então, foi o Sr. Miguel quem me deu carona naquele dia. Em certa ocasião, acho que antes mesmo de ser apresentado formalmente para a D. Eliane, coloquei-me à disposição dela para o trabalho com as crianças, dizendo que tinha experiência e poderia ajudar. 

Ora, quando estava perto de eu ir embora (mas ninguém sabia ainda, né), ela me convidou para dirigir o coral infantil, ajudando na parte musical. Este foi mais um daqueles casos que o Senhor não quis que se concretizassem os nossos planos; mas isto não impediu que eu cifrasse a música (quando já estava em BVB mesmo) e a enviasse. O importante é servir a Deus, e ainda bem que pude fazer isso via internet, ajudando aqueles irmãos quando precisaram de mim.



Esta é a Maria Eduarda (a maioria a chama de Maria, mas eu constantemente, mesmo sem querer, acabava chamando-a de “Duda”). Ela é a irmã da Ana (que apresentei em outro post); é uma adolescente animada que tem muito potencial e vontade de aprender. Ela toca violino! Fiquei sabendo que ela nem estava tocando mais, porém quando cheguei e disse que ia tentar montar um grupo, ela se animou e voltou a estudar! Graças a Deus por isso!

Confesso que fiquei devendo à Maria (se bem que foi Deus quem quis assim, hehehe). Porque tínhamos marcado de ensaiar e fazer um dueto de cello e violino, mas não conseguimos. O lance é esperar no Senhor e orar para que Deus continue a fortalecer aquela adolescente para que ela use seus dons e talentos para servi-Lo. Aliás, embora eu não tenha feito nenhuma avaliação vocal dela, ela soa como um contralto natural! Creio que este seria também um dom a ser explorado, hehehe...

Parando pra pensar, confesso que senti vontade de conhecer alguns outros adolescentes que estavam por lá. Com a Nicole, filha da Débora, ainda cheguei a conversar um pouco sobre literatura e ainda tocamos (mais ou menos) um dueto a quatro mãos no piano! Mas tem também o Mateus, a Nicole (tem duas, se não errei o nome), a própria Débora (superanimada, fala que só kkkkkkkk, mas uma serva de Deus também), que toca flauta transversal. 

Mas tudo isto, estas esperanças, estas saudades, são coisas que Deus coloca em nosso coração para nos nutrir. Nos fazer lembrar dos momentos e saber que Ele está conduzindo as coisas como melhor Lhe apraz; não porque “tem que ser o que Ele quer e pronto” (embora tenha mesmo, haehuaheu), mas porque Ele sabe o que é o melhor para nós.



Esta preciosa irmã, Sônia, foi outra que muito bem demonstrou o amor cristão para com os outros. Foi impressionante conhecer alguém que dedica-se de tal forma a outrem que mal conhece. Seu porte atlético, especialmente para a sua idade, é bem característico. Foi alguém em que demonstrou carinho e preocupação para comigo várias vezes; aliás, se não me engano, ela é prima do Sr. Abel (ou algo assim), hehehe.


 Da esquerda para a direita: D. Maninha, D. Neide, eu e Eli

Estas três são parte daquele grupo de quarta-feira com quem estive sempre presente. É interessante que, quando eu cheguei, a Eli era basicamente uma visitante na igreja; quando eu saí, ela estava prestes a ser recebida como membro. Que felicidade! Uma serva que escolheu uma, devo dizer, boa igreja para estar em comunhão e realizar a obra no reino.

A D. Maninha – gente, já me falaram o nome dela, mas não lembro de jeito nenhum! Todo mundo chama ela assim – foi a grande articuladora do coral que, por enquanto, não saiu. Segundo ela mesma, ela é a pessoa mais velha da igreja (não, não lembro a sua idade). Foi alguém também muito disposta a trabalhar para o Senhor e que se animou com a possibilidade de fazer alguma movimentação diferente. Pena que não foi dessa vez, mas Deus sabe o que faz, e estou alegre com isso.

A D. Neide (ou Neidinha, como a chamam), esteve sempre ali, quietinha, sorrindo, mas no Espírito sendo irmã em Cristo e companheira de caminhada. A história engraçada que tenho pra contar dela é sobre o seu famoso chocolate frio, a bebida. Eu cheguei a provar e é, de fato, como dizem, muito bom mesmo; perguntaram dela o segredo, e ela disse baixinho, mas para quem quisesse ouvir:

- O segredo é colocar um golinho de conhaque.

Kkkkkkkkkkkkkkkk. Eu ri bastante quando fiquei sabendo (ou será que foi o conhaque?!). Ela estava contando que toda programação, o pessoal pedia para ela trazer aquela bebidinha da boa, até o dia em que alguém perguntou: “Neidinha, você ainda está colocando aquele toque especial?”. Ela riu. O pessoal já estava era se acostumando com a bebida e não estava mais sentindo o álcool direito! Kkkkkkkkkk. Foi quando ela resolveu dar uma diminuída na frequência, hehehehe.


Culto de oração na quarta-feira

Gostei disso. Terminei onde comecei: no culto de oração de quarta-feira. Este é o grupo que geralmente frequenta os cultos; como disse, geralmente a faixa é de poucas pessoas mesmo. Foi muito bom ter este grupo com quem podia compartilhar as alegrias e temores da viagem. Hoje, lembrando, vejo que quase não pedia por coisas, mas agradecia por muitas; porque era clara a chuva de bênçãos que Deus estava derramando sobre minha vida.

No último culto de quarta-feira, eles até fizeram uma despedidazinha pra mim, com direito a lanchinho no final! Foi lá que provei o chocolate do bom, o pão de queijo da D. Agmária, o bolo de chocolate, o café, eita.. haja dieta depois! Foi um verdadeiro prazer estar ali com aqueles irmãos.


Templo da Igreja Presbiteriana do Sudoeste (IPSW)

E assim chegamos ao fim desta série de posts, dessa jornada. No começo dessa série, eu disse que ela seria para “testemunhar do amor que Deus tem derramado sobre minha vida, para que outras pessoas vejam e o Seu nome seja glorificado!”. Espero ter alcançado meu intento, espero que vocês dois que chegaram a ler todos estes textos possam ter aprendido algo e levem isso para suas vidas.

Agradeço a Deus por ter colocado em minha vida tão grande privilégio. De servir-Lhe, de encontrar pessoas como a Ana e o Guilherme, a D. Agmária e o Sr. Abel, o Pr. Washington, a Sônia e tantos outros! De poder ser instrumento nas mãos do Deus vivo, servindo-O “por onde quer que andares.”  (Js. 1:9).

Por fim, a estes amados, digo-vos:

Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora. Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois sois participantes da graça comigo. Pois minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus.
E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e indesculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
Fp. 1: 3-11


Seja Deus vosso guia e vossa luz. E que essa luz nunca deixe de brilhar por meio de vocês.

Soli Deo Gloria.

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