Bom, voltemos agora aos aspectos bíblicos da Bíblia
(hehehe). Este será o penúltimo post que farei sobre este assunto (pelo menos
por enquanto). Aqui veremos um pouco sobre a autoridade das Escrituras e do que
elas tratam afinal de contas.
Em primeiro lugar, a Bíblia é o registro da
revelação de Deus, ou seja, tudo que o Todo-Poderoso optou por nos revelar está
na Bíblia.
Ela traz a revelação de Deus sem “retoques” ou
“maquiagens”, quer ver? Olha o Deus de Rm. 5:8, onde vemos: “Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo gato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”;
e compare com o Deus de Hb. 12:29, onde diz: “porque o nosso Deus é fogo consumidor.”
A Bíblia mostra Deus como Ele é: amoroso, bondoso,
mas também justo, que não tolera o pecado, embora ame o pecador.
Assim, devemos ter em mente que a Escritura Sagrada
não é um livro sobre a moralidade cristã, ou seja, ela não é uma lista
de coisas que podemos ou não fazer, ela mostra quem Deus é e o que Ele quer de
nós.
Ele nos deu as Escrituras para nos guiar: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para
o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das
Escrituras, tenhamos esperança.” A voz do Senhor hoje fala por meio de sua
Palavra escrita, que veio para nos trazer consolação e esperança nessa árdua
caminhada da fé.
Vemos portanto, que a autoridade de Deus permeia
esta Palavra que hoje lemos, e Ele mesmo nos afirma isso: “e que, desde a infância sabes as sagradas letras, que podem tornar-te
sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada
por Deus [...]” (II Tm. 3:15,16a).
Assim, Deus nos dá um guia para nossa jornada, e
nos ordena que sejamos fiéis a este guia: “Fareis
segundo os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andares neles.
Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Lv. 18:4).
Neste versículo vemos que o Senhor ordena que
sigamos aquilo que ordenou, e Ele mesmo ainda assina embaixo, dando firmeza de
sua ordem para os que O seguem. Tanto que quaisquer outras intenções não
respaldadas pela Bíblia não agradam ao Senhor: “Porém Samuel disse: Tem porventura, o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?”
(I Sm. 15:21a)
Disso, percebemos que as Escrituras devem se
sobrepor a qualquer outra forma de conhecimento ou pensamento. A Bíblia não
pode ser substituída ou “adaptada” por conta de tradições, costumes ou mesmo
“revelações posteriores”.
Olha o que diz Ap. 22:19 a respeito disso: “e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras
do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade
santa e das cosias que se acham escritas neste livro.”
Ainda além de tradições ou costumes, nem mesmo a
palavra de grandes pregadores (ou “pecadores”) pode ser maior do que a Palavra
viva e inerrante de Deus! Vejamos o exemplo dos crentes de Beréia.
Estes homens estavam diante de um dos maiores
pregadores das Sagradas Escrituras depois de Jesus, um homem que estava
revolucionando o mundo teológico de sua época, que ensinava com intrepidez e
inspiração do próprio Deus. Em At. 17:10, vemos que Paulo e Silas foram
enviados a Beréia e chegando lá, passaram a ensinar nas sinagogas.
Ora, estes homens já eram famosos e muito bem
conceituados dentre os cristãos, mas apesar de tudo isso: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois
receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os
dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (At. 17:11).
Os crentes de Bereia não deixaram de receber a
palavra daqueles homens, mas eles sabiam muito bem que por mais famoso ou
conceituado que fosse o pregador, a palavra de um mísero pecador humano jamais
poderia se sobrepor à Palavra do Deus vivo e verdadeiro!
Esta Palavra é necessária e suficiente para
comunicar a sabedoria da salvação; para o correto ensino dos fatos revelados;
para a correção e disciplina do crente (quando necessário); para mostrar como
Deus é amoroso e justo ao mesmo tempo e, especialmente, para a santificação do
crente, para fazer cumprir no homem imerecedor da glória de Deus, o Seu santo
propósito.
E só para vocês verem que isso aí que escrevi não
vem de mim (porque se fosse ideia da minha cabeça de nada valeria), podemos ver
que a própria Bíblia diz que a Escritura, por ser inspirada por Deus, é: “útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Tm. 3:16b,
17).
É por isso que gosto de utilizar tantos versículos,
porque a minha palavra eu sei que é falível e mesmo que eu saiba que Deus está
me guiando, sei que eu sou ferramenta imperfeita em suas mãos.
Por isso, é melhor citar a Sua poderosa e Santa
Palavra: “Porque a palavra de Deus é
viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” (Hb. 4:12)
É a essa Palavra que devemos obediência, essa
Palavra viva e imutável que emana do Deus vivo e eterno.
Mas para obedecer à sua palavra, precisamos
conhecê-la! Daí a importância do Sl. 119:11, que diz: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”. Só
conhecendo e guardando a palavra de Deus é que poderemos afirmar o Sl. 119:105:
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra
e, luz para os meus caminhos.”
Você quer ouvir a voz de Deus falando com você?
Quer que Ele te ensine seus caminhos? Deus está pronto para falar com você...
basta ler a Sua Palavra.
Seja Deus nosso guia e nossa luz e que sua
Palavra habite em nós!
S. D. G.
Nenhum comentário:
Postar um comentário