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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Palavra de Deus - III

Bom, voltemos agora aos aspectos bíblicos da Bíblia (hehehe). Este será o penúltimo post que farei sobre este assunto (pelo menos por enquanto). Aqui veremos um pouco sobre a autoridade das Escrituras e do que elas tratam afinal de contas.

Em primeiro lugar, a Bíblia é o registro da revelação de Deus, ou seja, tudo que o Todo-Poderoso optou por nos revelar está na Bíblia.

Ela traz a revelação de Deus sem “retoques” ou “maquiagens”, quer ver? Olha o Deus de Rm. 5:8, onde vemos: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo gato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; e compare com o Deus de Hb. 12:29, onde diz: “porque o nosso Deus é fogo consumidor.”

A Bíblia mostra Deus como Ele é: amoroso, bondoso, mas também justo, que não tolera o pecado, embora ame o pecador.

Assim, devemos ter em mente que a Escritura Sagrada não é um livro sobre a moralidade cristã, ou seja, ela não é uma lista de coisas que podemos ou não fazer, ela mostra quem Deus é e o que Ele quer de nós.

Ele nos deu as Escrituras para nos guiar: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” A voz do Senhor hoje fala por meio de sua Palavra escrita, que veio para nos trazer consolação e esperança nessa árdua caminhada da fé.

Vemos portanto, que a autoridade de Deus permeia esta Palavra que hoje lemos, e Ele mesmo nos afirma isso: “e que, desde a infância sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus [...]” (II Tm. 3:15,16a).

Assim, Deus nos dá um guia para nossa jornada, e nos ordena que sejamos fiéis a este guia: “Fareis segundo os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andares neles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Lv. 18:4).

Neste versículo vemos que o Senhor ordena que sigamos aquilo que ordenou, e Ele mesmo ainda assina embaixo, dando firmeza de sua ordem para os que O seguem. Tanto que quaisquer outras intenções não respaldadas pela Bíblia não agradam ao Senhor: “Porém Samuel disse: Tem porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?” (I Sm. 15:21a)

Disso, percebemos que as Escrituras devem se sobrepor a qualquer outra forma de conhecimento ou pensamento. A Bíblia não pode ser substituída ou “adaptada” por conta de tradições, costumes ou mesmo “revelações posteriores”.

Olha o que diz Ap. 22:19 a respeito disso: “e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das cosias que se acham escritas neste livro.

Ainda além de tradições ou costumes, nem mesmo a palavra de grandes pregadores (ou “pecadores”) pode ser maior do que a Palavra viva e inerrante de Deus! Vejamos o exemplo dos crentes de Beréia.

Estes homens estavam diante de um dos maiores pregadores das Sagradas Escrituras depois de Jesus, um homem que estava revolucionando o mundo teológico de sua época, que ensinava com intrepidez e inspiração do próprio Deus. Em At. 17:10, vemos que Paulo e Silas foram enviados a Beréia e chegando lá, passaram a ensinar nas sinagogas.

Ora, estes homens já eram famosos e muito bem conceituados dentre os cristãos, mas apesar de tudo isso: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (At. 17:11).

Os crentes de Bereia não deixaram de receber a palavra daqueles homens, mas eles sabiam muito bem que por mais famoso ou conceituado que fosse o pregador, a palavra de um mísero pecador humano jamais poderia se sobrepor à Palavra do Deus vivo e verdadeiro!

Esta Palavra é necessária e suficiente para comunicar a sabedoria da salvação; para o correto ensino dos fatos revelados; para a correção e disciplina do crente (quando necessário); para mostrar como Deus é amoroso e justo ao mesmo tempo e, especialmente, para a santificação do crente, para fazer cumprir no homem imerecedor da glória de Deus, o Seu santo propósito.

E só para vocês verem que isso aí que escrevi não vem de mim (porque se fosse ideia da minha cabeça de nada valeria), podemos ver que a própria Bíblia diz que a Escritura, por ser inspirada por Deus, é: “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Tm. 3:16b, 17).

É por isso que gosto de utilizar tantos versículos, porque a minha palavra eu sei que é falível e mesmo que eu saiba que Deus está me guiando, sei que eu sou ferramenta imperfeita em suas mãos.

Por isso, é melhor citar a Sua poderosa e Santa Palavra: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” (Hb. 4:12)

É a essa Palavra que devemos obediência, essa Palavra viva e imutável que emana do Deus vivo e eterno.

Mas para obedecer à sua palavra, precisamos conhecê-la! Daí a importância do Sl. 119:11, que diz: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”. Só conhecendo e guardando a palavra de Deus é que poderemos afirmar o Sl. 119:105: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.”

Você quer ouvir a voz de Deus falando com você? Quer que Ele te ensine seus caminhos? Deus está pronto para falar com você... basta ler a Sua Palavra.

Seja Deus nosso guia e nossa luz e que sua Palavra habite em nós!


S. D. G.

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