Olá, olá senhoras e senhores! Estamos de volta para falar do último ponto da agenda escatológica de Jesus, tal como exposto no capítulo 24 do livro de Mateus. Já passamos pelo "Princípio das Dores" e a "Grande Tribulação", onde percebemos que a Igreja passará por momentos difíceis, porém tem a promessa do resgate ao se manter fiel.
Hoje veremos a maior expressão dessa promessa. O terceiro filme da trilogia. Aqui estamos diante do ponto alto da agenda escatológica de Jesus. Tudo que veio antes veio para culminar nisso: a Segunda Vinda de Jesus.
Jesus afirmou em seu sermão que voltará e colocará fim na Grande Tribulação: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados." (Mt. 24:29). Este será o grande momento, o aguardado pelos milênios! Será também aí que começará o julgamento dos inimigos:
Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. (Mt. 24:30-31)
Com esta grande promessa, Jesus finaliza sua agenda escatológica alertando aos discípulos que também somos nós!) a estarem atentos a estes sinais (Mt. 24:32-33), pois eles estão preditos aqui para nosso benefício e atenção. A partir de agora, vamos destrinchar os versos 29-31, onde vemos detalhadamente a segunda vinda e o que a fala de Jesus tem para nos ensinar.
Começamos com o verso 29, onde diz "o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade": Na cultura judaica, em especial nos profetas, este tipo de presságio significa juízo de Deus.
Olhe por exemplo Isaías 13:9-10: "Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz.
No profeta Joel isso é ainda mais evidente: "O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR." (Jl. 2:31). Assim, quando Jesus fala essas palavras, ele está realçando o grande dia em que virá para o julgamento.
Ainda no verso 29 lemos que: “as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.” Jesus está destacando que na sua segunda vinda as próprias estruturas do cosmos serão afetadas!
Algo que é importante lembrar é que a volta de Jesus não é um evento importante apenas para o homem: toda a natureza anseia por isso também! Paulo deixa isso bem claro aos Romanos: "A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus." (Rm. 8:19-21)
Cabe lembrar que o texto que estamos analisando, Mateus 24, é um sermão que Jesus faz aos seus discípulos, por causa da dúvida que eles tinham sobre o fim dos tempos (vs. 3). Na cabeça de muitos dos que ouviam isso, Jesus seria uma espécie de libertador político, e a "consumação dos tempos" seria o retorno de Israel como nação poderosa.
Mas Jesus usa esse sermão para mostrar que a revelação ia muito além do que eles imaginavam. No verso 30, por exemplo, ele diz que “aparecerá no céu o sinal”. Só ao dizer isso, Jesus já aponta para o céu para mostrar a natureza divina e desconstruir a ideia do libertador terreno.
Continua o texto e ele se refere a si como o "Filho do Homem". Isto é parte da linguagem profética em Daniel: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele." (Dn. 7:13). Jesus está apontando para si como o cumprimento desta profecia.
A descrição continua no verso 30 ao dizer que virá com "poder e muita glória". Jesus virá com grande manifestação de vitória e majestade, é o gran finale lembram? "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça." (Ap. 19:11)
A descrição que continua no capítulo 19 de Apocalipse traz uma imagem deslumbrante! A figura não é mais da ovelha que vem para o matadouro, mas do conquistador que vem para dominar o que é seu por direito. Jesus está fazendo uso aqui de uma boa doutrina escatológica: está apontando o caminho e dando a garantia do cumprimento das promessas.
Toda essa expressão de poder de Jesus tem um objetivo: o de resgatar a igreja. Basta retomar o verso 31 de Mateus 24. No começo do verso vemos que ele "enviará os seus anjos". A relação entre anjos e Jesus já foi trabalhada neste blog, mas novamente Jesus aponta para sua autoridade espiritual, mostrando aos discípulos que mesmo na tribulação eles podem ter esperança, pois é o Rei dos reis que estará protegendo-os até o dia final.
O verso explica ao fim que estes anjos, guiados pelo Líder: "reunirão os seus escolhidos". Olha só! Tudo isso por causa de nós! Mais uma vez Jesus mostra tremendo amor pelos escolhidos! Toda a agenda escatológica de Jesus é pautada pelo amor aos seus santos. Foi por isso, por exemplo, que abreviou a Grande Tribulação (como vimos no post passado).
A fidelidade da igreja durante as tribulações deve ser não uma obrigação, mas uma resposta a esse amor, a essa maravilhosa promessa: "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (Jo. 16:33).
Como já conversamos, o sermão escatológico de Jesus não veio para gerar medo ou pânico, mas sim para preparar a igreja e encorajá-la, basta lembrar da analogia do piloto e a turbulência. Devemos estar preparados para não sermos levados pela apostasia do Princípio das Dores; para sermos fiel à verdade e o culto a Deus mesmo durante a Grande Tribulação; e para viver o presente de modo digno, pensando no futuro: a segunda vinda de Jesus. Esta é a grande razão de estudarmos escatologia.
"Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Ap. 2:10).
Como já conversamos, o sermão escatológico de Jesus não veio para gerar medo ou pânico, mas sim para preparar a igreja e encorajá-la, basta lembrar da analogia do piloto e a turbulência. Devemos estar preparados para não sermos levados pela apostasia do Princípio das Dores; para sermos fiel à verdade e o culto a Deus mesmo durante a Grande Tribulação; e para viver o presente de modo digno, pensando no futuro: a segunda vinda de Jesus. Esta é a grande razão de estudarmos escatologia.
"Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Ap. 2:10).
Seja Deus vosso guia e vossa luz.
S.D.G.
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