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sábado, 27 de janeiro de 2018

Escatologia - A agenda escatológica de Jesus III

Olá, olá senhoras e senhores! Estamos de volta para falar do último ponto da agenda escatológica de Jesus, tal como exposto no capítulo 24 do livro de Mateus. Já passamos pelo "Princípio das Dores" e a "Grande Tribulação", onde percebemos que a Igreja passará por momentos difíceis, porém tem a promessa do resgate ao se manter fiel.

Hoje veremos a maior expressão dessa promessa. O terceiro filme da trilogia. Aqui estamos diante do ponto alto da agenda escatológica de Jesus. Tudo que veio antes veio para culminar nisso: a Segunda Vinda de Jesus



Jesus afirmou em seu sermão que voltará e colocará fim na Grande Tribulação: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados." (Mt. 24:29). Este será o grande momento, o aguardado pelos milênios! Será também aí que começará o julgamento dos inimigos: 
Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. (Mt. 24:30-31)
Com esta grande promessa, Jesus finaliza sua agenda escatológica alertando aos discípulos que também somos nós!) a estarem atentos a estes sinais (Mt. 24:32-33), pois eles estão preditos aqui para nosso benefício e atenção. A partir de agora, vamos destrinchar os versos 29-31, onde vemos detalhadamente a segunda vinda e o que a fala de Jesus tem para nos ensinar.

Começamos com o verso 29, onde diz "o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade": Na cultura judaica, em especial nos profetas, este tipo de presságio significa juízo de Deus. 

Olhe por exemplo Isaías 13:9-10: "Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz

No profeta Joel isso é ainda mais evidente: "O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR." (Jl. 2:31). Assim, quando Jesus fala essas palavras, ele está realçando o grande dia em que virá para o julgamento.

Ainda no verso 29 lemos que: “as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.” Jesus está destacando que na sua segunda vinda as próprias estruturas do cosmos serão afetadas!

Algo que é importante lembrar é que a volta de Jesus não é um evento importante apenas para o homem: toda a natureza anseia por isso também! Paulo deixa isso bem claro aos Romanos: "A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus." (Rm. 8:19-21)

Cabe lembrar que o texto que estamos analisando, Mateus 24, é um sermão que Jesus faz aos seus discípulos, por causa da dúvida que eles tinham sobre o fim dos tempos (vs. 3). Na cabeça de muitos dos que ouviam isso, Jesus seria uma espécie de libertador político, e a "consumação dos tempos" seria o retorno de Israel como nação poderosa. 

Mas Jesus usa esse sermão para mostrar que a revelação ia muito além do que eles imaginavam. No verso 30, por exemplo, ele diz que aparecerá no céu o sinal”. Só ao dizer isso, Jesus já aponta para o céu para mostrar a natureza divina e desconstruir a ideia do libertador terreno. 

Continua o texto e ele se refere a si como o "Filho do Homem". Isto é parte da linguagem profética em Daniel: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele." (Dn. 7:13). Jesus está apontando para si como o cumprimento desta profecia. 

A descrição continua no verso 30 ao dizer que virá com "poder e muita glória". Jesus virá com grande manifestação de vitória e majestade, é o gran finale lembram? "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça." (Ap. 19:11) 

A descrição que continua no capítulo 19 de Apocalipse traz uma imagem deslumbrante! A figura não é mais da ovelha que vem para o matadouro, mas do conquistador que vem para dominar o que é seu por direito. Jesus está fazendo uso aqui de uma boa doutrina escatológica: está apontando o caminho e dando a garantia do cumprimento das promessas. 

Toda essa expressão de poder de Jesus tem um objetivo: o de resgatar a igreja. Basta retomar o verso 31 de Mateus 24. No começo do verso vemos que ele "enviará os seus anjos". A relação entre anjos e Jesus já foi trabalhada neste blog, mas novamente Jesus aponta para sua autoridade espiritual, mostrando aos discípulos que mesmo na tribulação eles podem ter esperança, pois é o Rei dos reis que estará protegendo-os até o dia final.

O verso explica ao fim que estes anjos, guiados pelo Líder: "reunirão os seus escolhidos". Olha só! Tudo isso por causa de nós! Mais uma vez Jesus mostra tremendo amor pelos escolhidos! Toda a agenda escatológica de Jesus é pautada pelo amor aos seus santos. Foi por isso, por exemplo, que abreviou a Grande Tribulação (como vimos no post passado).

A fidelidade da igreja durante as tribulações deve ser não uma obrigação, mas uma resposta a esse amor, a essa maravilhosa promessa: "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (Jo. 16:33).



Como já conversamos, o sermão escatológico de Jesus não veio para gerar medo ou pânico, mas sim para preparar a igreja e encorajá-la, basta lembrar da analogia do piloto e a turbulência. Devemos estar preparados para não sermos levados pela apostasia do Princípio das Dores; para sermos fiel à verdade e o culto a Deus mesmo durante a Grande Tribulação; e para viver o presente de modo digno, pensando no futuro: a segunda vinda de Jesus. Esta é a grande razão de estudarmos escatologia.

"Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Ap. 2:10).




Seja Deus vosso guia e vossa luz.
S.D.G.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Escatologia - A agenda escatológica de Jesus II

Fala pessoal! Vamos dar continuidade à agenda escatológica de Jesus apresentada em Mateus 24. No post passado falamos do primeiro dos três pontos elencados: o princípio das dores, a grande tribulação e a segunda vinda. No princípio das dores vimos: o crescimento da apostasia, o consequente ódio à igreja e seus ideais, e por fim a necessidade que a igreja tem de permanecer fiel em meio a tudo isso. 

Agora vamos seguir em frente e falar do ponto que é o mais mencionado pelos "profetas da destruição", a tão temida Grande Tribulação. A princípio será um post pequeno, já que depois vamos aprofundar aspectos sobre este tópico.


Jesus no seu sermão profético destaca um período de tribulação maior que os outros momentos: "porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais." (Mt. 24:21). Essa tribulação é a que precede uma outra que fica mais próxima de sua vinda (sim! Haverá mais de uma!), basta ver os versos 29 e 30:
Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens. (Mt. 24:29-30)
É preciso que a gente tenha em mente aquilo que foi dito no primeiro post: a escatologia é algo que perpassa todo o conteúdo bíblico. Esta grande tribulação não deveria ser novidade aos discípulos que ouviram as palavras de Jesus, pois já estava prevista em Daniel: "Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão. Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, ..." (Dn. 12:10-11a)

Algo importante que Jesus alerta seus discípulos é: "Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos." (Mt. 24:23-24). Aqui surge uma palavra famosa nos estudos escatológicos: o anticristo.

De maneira bem geral "anti-Cristo" significa simplesmente: "oposto de Cristo". Vamos tratar disso em momento oportuno, mas cabe afirmar que não há somente um anticristo, mas todo aquele que se opõe de maneira veemente a Cristo já pode se caracterizar como um tipo de anticristo.

Vejam só, os judeus entendiam que a profecia de Daniel (a que citei acima) fora cumprida quando Antíoco Epifânio entrou no templo de Jerusalém em 168 a.C. e profanou o santuário. Neste ponto, ele realmente era um tipo de anticristo; porém a profecia não era definitiva ainda, pois Jesus referiu-se a ela para apontar para um tempo que ainda virá.

Há muitos casos em que as profecias não são exclusivas de um único evento. Por exemplo, em 70 d.C. o imperador Tito destruiu o templo em Jerusalém, isto também foi uma forma de cumprimento daquela profecia de Daniel (e várias outras). Jesus faz menção a essa profecia porque os fatos relacionados a ela têm um ponto em comum: apostasia, ir contra o culto a Deus.

E isto é mencionado em outros textos. Veja essa explicação fica tão evidente quando Paulo diz: "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus." (II Ts. 2:3-4).

No também famoso relato da besta da terra e a besta do mar (em Apocalipse 13:11-14), vemos que o falso profeta tentará convencer os homens a adorar a "besta", e isto sempre acompanhado de grandes sinais. Assim, o propósito maior do anticristo não é a destruição: mas o engano. Assim como o pecado que jaz em nós, devemos ficar atentos e apegados à Palavra da Verdade para não sermos levados por ventos de falsa doutrina.

Estamos constantemente lembrando que a apostasia produz perseguição e isto não é novidade: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." (II Tm. 3:12). E uma vez que a tática é o engano (e não o medo, como muitos fazem com a escatologia), Jesus está alertando seus discípulos (Mt. 24:25) para que eles não sejam enganados.

Entendam, meus caros, naquela época muitos discípulos acreditavam que a volta de Jesus era uma questão de alguns dias ou semanas, eles achavam que era absolutamente iminente. É nesse contexto que Paulo dá um importante alerta:
"Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor." (II Ts. 2:1-2)
Veja como é constante na Bíblia o alerta sobre o engano durante a Grande Tribulação. A Bíblia fala sobre as guerras, fomes, terremotos, a perseguição à igreja. Mas o que Jesus e os discípulos estão constantemente realçando não é o que vemos nos filmes! O grande perigo está em sermos enganados pelas falsas doutrinas.

Quanto mais a Igreja se apega à Palavra, mais poderá resistir a isso e mais isto vai irritar o mundo. Porém é justamente essa fidelidade que garante o socorro de Deus durante dias tão difíceis: "Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados." (Mt. 24:22)


Por certo que a Grande Tribulação será um momento difícil e de grande perseguição contra a Igreja, como o próprio nome diz. Mas Jesus já nos garantiu que a Igreja sobreviverá, se permanecer fiel a Ele. Não obstante, será também um importante momento de purificação da Igreja, que ajudará a garantir que o remanescente fiel do Senhor viva e continue a glorificá-Lo com suas vidas.

Faça parte desse rol.

Seja Deus vosso guia e vossa luz.
S.D.G.

Escatologia - A agenda escatológica de Jesus I

Fala pessoal! No último post introduzimos o estudo da Escatologia, o estudo dos "últimos tempos". Vamos dar continuidade, partindo da premissa básica que postulamos: que a escatologia não se resume ao Apocalipse, mas perpassa todo o conteúdo bíblico. Dito isto, o post de hoje será sobre o sermão profético de Jesus, registrado em Mateus 24:1-31. Não vou postar o texto todo, mas seria muito interessante o leitor ler, para se situar melhor.

O sermão profético de Jesus em Mt. 24 não é uma descrição cronológica de fatos e tampouco trata de um movimento linear, mas refere-se a acontecimentos que estavam para acontecer (no tempo dos discípulos) e outros que aconteceriam num futuro mais distante. Vamos ver 3 destes acontecimentos: 1) O princípio das dores; 2) A grande tribulação; e 3) A segunda vinda. Não vamos necessariamente nos aprofundar neles, isto ocorrerá em outros posts, mas vamos dar um panorama da visão escatológica de Jesus, exposta em Mt. 24.


O princípio das dores é mencionado por Jesus em Mt 24:4-5: "E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos."

Este será um período de crescimento da apostasia. Este termo significa, de modo simples, o afastamento da verdade, tal como mencionado em Rm. 1:18-20: "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou." É justamente a manipulação da verdade, tornando-a em mentira.

A apostasia não é novidade na Bíblia. Na verdade, ela já havia começado no Éden: "Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias." (Ec. 7:29). Porém o que Jesus está afirmando é que haverá um aumento desta apostasia, a tal ponto que os próprios discípulos devem ficar atentos: "porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito." (Mt. 24:24-25). Outros apóstolos também reforçaram isto em suas cartas.

João, em mais de uma ocasião, faz menção aos anticristos (ou seja, aqueles que são contra Cristo -- não temam, falaremos deste assunto também em post específico): "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora." (I Jo. 2:18). Ensinamento este que repete na sua segunda epístola, em II Jo. 7: "Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo."

Paulo, ao falar com Tito, alerta sobre os palradores frívolos: "Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância." (Tt. 1:10-11).

Pedro, por sua vez, também faz o mesmo alerta: "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição." (II Pe. 2:1)

Judas também aponta para esta grande apostasia que viria nos últimos tempos: "Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo." (Jd. 4)

Ora, meus caros, conforme lemos estes textos não os vemos como grandes verdades dos tempos presentes? Jesus está alertando que virá um tempo de grande apostasia. Isto é um alerta para os crentes de todas as épocas. E os crentes devem estar preparados: "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos." (Hb. 2:1).

Nestas épocas difíceis, mais do que nunca, a igreja precisará se apegar com todas as forças às verdades da Escritura e não abrir mão delas: "Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema." (Gl. 1:8-9)

Como consequência natural, chegamos ao segundo momento do princípio das dores: o crescimento da oposição aos cristãos. Quanto mais a igreja se apega à verdade, naturalmente cresce o confronto com um mundo que almeja o mal: "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia." Jo. 15:19.

Se voltarmos a Mateus 24, vemos nos versos 6 e 7, Jesus apontando que haverá um crescimento da maldade no mundo: "guerras e rumores de guerras", "fomes e terremotos". No verso 8, porém, Jesus afirma que isto é apenas "o princípio das dores". Além disso, no verso 9, ele vai além e destaca que essa maldade vai recair fortemente sobre a igreja: "Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome." (Mt. 24:9).

Neste ponto da leitura ficamos com medo, não é? Por que Jesus falou essas palavras tão fortes? Certamente não foi para assustar os discípulos e também não é para nos assustar. Ele fez isso para que nós saibamos qual o perigo que virá pela frente. Isto é a mesma coisa que ocorre quando o comandante da aeronave avisa os passageiros sobre uma turbulência: não é para assustar, mas para que eles afivelem os cintos e estejam prontos para o futuro.

É justamente por causa disso que no princípio das dores, a igreja deve apegar-se a Deus em meio às dificuldades. Os versos 13 e 14 de Mateus 24 trazem isto: devemos permanecer fieis, pois isto trará fortalecimento. A Igreja persevera mais em tempos de aflição e por isto ela não deve esmorecer quando chegarem os tempos difíceis (e sabemos que eles já chegaram!). A Igreja deve confiar nas promessas de Deus e saber que Jesus logo mais voltará.


Vimos neste post apenas o primeiro dos três pontos da agenda escatológica de Jesus. Veremos um a um para não tornar cansativa a leitura. O que temos que lembrar é: a escatologia vem para nos trazer esperança nas promessas de Jesus! Este deve ser nosso foco, pois é assim que verdadeiramente perseveraremos até o fim.

S.D.G.